segunda-feira, 31 de outubro de 2011

10 passos para controlar a vontade de comer doces

Dicas simples para evitar as guloseimas e ficar em dia com a alimentação saudável

Você também é daquelas pessoas que não consegue resistir a uma sobremesa após o almoço? Ou você não abre mão de um chocolate, uma bolachinha ou algumas balas para matar a vontade de comer doces no meio da tarde?




Pois saiba que você não é a única pessoa com dificuldades de dizer não a qualquer oportunidade de consumir um doce. O hábito é mais comum do que se imagina, embora não seja um costume saudável.
O excesso de açúcares no organismo pode desencadear ou agravar doenças como a diabetes, a hipertensão, o colesterol, a obesidade, entre outros. Por isso, se você deseja fazer as pazes com a balança ou aderir a uma alimentação mais saudável, é fundamental controlar o consumo de doces.

Por que a vontade de ingerir doces é incontrolável?
Comemos doces porque eles são saborosos e nos causam uma incrível sensação de bem estar. E isso acontece porque a ingestão de açúcares e carboidratos está fortemente relacionada à produção de serotonina, um importante hormônio presente no nosso organismo.


Esse hormônio tem o poder de melhorar o humor, aumentar a sensação de bem estar, além de regular a temperatura corporal, o sono e o apetite. Quando nosso organismo está com as taxas de serotonina em níveis normais, fica mais fácil atingir a saciedade e controlar a ingestão de açúcares.
Por outro lado, pessoas que têm problemas na produção de serotonina podem apresentar distúrbios como depressão, ansiedade e também é comum que demonstrem mais vontade de ingerir doces. Nesses casos, é preciso fazer um acompanhamento médico para regularizar o hormônio.


Dicas para controlar o consumo de doces

1. Diminua a ingestão das guloseimas aos poucos
Você passa algum dia da semana sem comer pelo menos um docinho? A melhor maneira para se livrar desse hábito é reduzindo gradativamente a ingestão de doces. Nada de abrir mão das guloseimas de uma vez por todas, essa atitude dá ainda mais vontade de consumir os alimentos, sem contar que funciona como um estímulo negativo.
Note quantas vezes por semana você ingere doces e evite consumi-los gradativamente. Na primeira semana, escolha um dia e abra mão das guloseimas. Na segunda semana, mantenha o dia escolhido e eleja mais um para evitar os doces. Siga sucessivamente até habituar seu organismo com a ingestão de doces apenas uma vez na semana.


2. Tome nota dos alimentos que consumir
A mesma dica que é usada para acompanhar uma dieta completa pode ser adaptada para quem deseja cortar os doces do cardápio. É simples: lápis e papel na mão, anote quais são os doces que você está consumindo junto com a quantidade e a frequência.
Depois de uma semana montando um diário alimentar, você poderá identificar quais são os momentos em que costuma apelar para os doces, além de notar se a situação está sob controle ou se você está passando da conta. Siga com as anotações até se acostumar com o consumo reduzido de doces.

3. Invista em menos calorias e mais saúde
Quando for abastecer os armários de casa ou as gavetas do escritório, dê preferência para alimentos saudáveis, ricos em nutrientes e com menos calorias. Crie o hábito de ler os rótulos dos produtos que consome para saber exatamente quais substâncias você está fornecendo para seu organismo.
Ao escolher alimentos saudáveis, você está garantindo uma alimentação mais balanceada e, de quebra, consumindo menos calorias para contribuir com a sua dieta.


4. Faça trocas inteligentes e saborosas
Sempre que pintar aquela vontade de comer um docinho durante o dia, tenha à mão uma opção saborosa para poder trocar.
Barrinhas de proteína, barrinhas de cereais e frutas são as melhores saídas para substituir um chocolate, por exemplo.
No começo, até que você se acostume, pode ser difícil. Enquanto não estiver habituada, vale recorrer para gelatinas, pudins e flans – mas sempre em versões lights – para matar a vontade de devorar uma sobremesa.


5. Não barganhe consigo mesma
Uma das coisas mais perigosas que você pode fazer é barganhar. Evite pular refeições ou diminuir as porções que consome apenas para “compensar” a sobremesa ou o docinho da tarde.
O perigo da barganha alimentar é que, ao deixar de comer o necessário, você abre uma grande brecha para que a fome bata. Assim fica fácil prever que, quando o doce aparecer na sua frente, você vai ceder à tentação, consumir mais do que o ideal e desequilibrar toda a sua alimentação.


6. Mantenha os doces bem longe
Se o objetivo é resistir à tentação, não tem porque deixá-la bem na sua frente,não é mesmo? Por isso, não carregue doces com você e nem faça estoques em lugares estratégicos – isso significa acabar com as guloseimas escondidas na gaveta do escritório, no armário da cozinha etc. Manter as guloseimas por perto só vai aumentar o seu desejo de comê-las.
Quando sentir vontade e não tiver nenhuma outra opção por perto, compre sempre os doces que vêm em porções menores. No restaurante, sirva-se apenas de uma pequena porção da sobremesa. Consuma o doce sem guardar para depois. Se a vontade bater novamente, lembre-se das frutas e barras de cereais.


7. Aproveite os alimentos que saciam
Existem alguns alimentos que ajudam a diminuir a vontade de comer doces e diminuem a ansiedade, pois possuem propriedades que agem diretamente nos níveis de açúcar do sangue. Além disso, são ricos em triptofano, uma substância que auxilia a produção de serotonina.
Por isso, procure incluir nas suas refeições: aveia, banana, maçã, canela, castanha-do-pará e grãos em geral. O consumo regular desses alimentos vai contribuir para que você sinta menos vontade de comer doces.

8.  NRG
Beba diariamente o NRG da Herbalife que vai ajudar a diminuir a ansiedade por doces.




9. Tenha uma nutrição equilibrada
Tomando o Shake Herbalife todos os dias no seu café da manhã, você garante ao seu organismo todos os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento, portanto a vontade por doces também diminui, já que o aporte de nutrientes está garantido.


10. Beba água
Quando sentir aquele vontade de comer algum doce, beba um bom copo de água, que você "engana" seu organismo e ainda garante a hidratação do seu corpo.

                   APROVEITE AS DICAS!
Você não quer ficar assim...

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Para ter essa cinturinha, vale a pena alguns sacrifícios!

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domingo, 30 de outubro de 2011

Hoje é dia de batata frita... saudável!

Batata frita!Hum!!! Que delícia! Mas... e a dieta?


A batata por ser pobre em proteínas e gorduras, é um alimento de fácil digestão. É muito nutritiva,contém vitamina A, vitamina do complexo B e C, além de vários minerais.

Quem é que não gosta de batata frita! Acompanhamento clássico de vários pratos, entre sanduíches, carnes, arroz e feijão , petisco de primeira... Enfim a batata frita cabe em muitas situações, mas a fritura compromete o teor saudável desse alimento tão popular.
O que muita gente não sabe é que existe um jeito mais saudável de fazer a tão pedida batata frita. É a batata frita feita no forno, isso mesmo, batata frita de forno, um jeito saudável e gostoso de preparar a batata.
Clique em receitas saudáveis e conheça três maneiras de preparar a batata frita de forno

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Saiba identificar seu tipo de pele


Pele normal


A pele normal é bem equilibrada e bastante homogênea, além de ter uma textura suave e lisa. Normalmente, não há poros nem manchas visíveis em sua superfície. Ela pode ser identificada depois de atividades físicas por bochechas avermelhadas, que ficam com essa coloração devido à boa circulação sanguínea. No entanto, até a pele normal pode mudar devido a fatores externos. A exposição ao sol, a poluição e o estresse podem fazer com que uma pele normal se torne seca, oleosa ou até envelhecida se não for tratada da maneira correta.


Pele oleosa


As glândulas sebáceas de quem tem a pele oleosa produzem muito mais oleosidade do que deveriam. Daí a pele ter uma aparência brilhante, principalmente na zona T (testa, nariz e queixo). Normalmente, os poros ficam dilatados e visíveis, o que causa a formação de cravos e espinhas. Os adolescentes são as principais vítimas desse tipo de pele, devido à grande mudança hormonal que acontece nessa idade. Mas outros fatores também podem causar a oleosidade na pele em adultos, como uma alimentação com muita gordura, gravidez, pílulas anticoncepcionais, alguns tipos de cosméticos e até mesmo um clima muito quente.

Pele seca


Este tipo de pele é muito comum. Suas principais características são a falta de brilho e uma textura fina e áspera. A baixa produção de oleosidade das glândulas sebáceas faz com que a pele seja pouco lubrificada e hidratada. Os poros são pouco aparentes. Fatores externos, principalmente no inverno, causam uma sensação de desconforto e podem deixar a pele “quebrada”, com tendências a vermelhidão, irritações e alergias. Pessoas com esse tipo de pele têm mais propensão à flacidez facial e ao aparecimento de rugas.


Pele mista


Seu nariz parece brilhante e suas bochechas ressecadas? Essa é a típica descrição de quem tem a pele mista. Como diz o nome, é uma combinação de dois tipos de pele: a pele oleosa, que predomina na zona T (testa, nariz e queixo), e normal ou seca, que aparecem nas outras partes do rosto. Os poros são dilatados na zona T - o que pode proporcionar a formação de cravos e espinhas – e são pouco visíveis no resto da face. É uma mistura de uma aparência brilhante com uma aparência suave ou até mesmo áspera.

sábado, 22 de outubro de 2011

A importância da água!

A boa e velha água, principal fonte de hidratação do nosso corpo, é realmente essencial para a nossa saúde. Além dela nos hidratar, ela ainda auxilia no controle da temperatura corporal, no veículo dos nutrientes, digestão, absorção, transporte e excreção.

Ela é tão importante que cerca de 60% do peso de uma pessoa é referente à água. Quando ingerimos frutas e verduras também estamos ingerindo água – em média esses alimentos apresentam de 70% a 80% de água em suas composições.

Mas, de qualquer forma, devemos ingerir alguns bons copos de água diariamente. Até porque, para quem está buscando um corpo perfeito, a água é uma boa aliada. Segundo um estudo realizado na Universidade Virginia Tech, nos EUA, beber dois copos de água 30 minutos antes das refeições — café da manhã, almoço e jantar — diminui medidas. A conclusão foi tirada após uma análise de dois grupos de adultos que seguiam uma dieta de baixa ingestão calórica. Após 12 semanas, todas as pessoas emagreceram, mas aquelas que beberam água antes das refeições alcançaram melhores resultados: 7 kg a menos, diante dos 5 kg perdidos pelos demais.


Já para quem aprecia a bebida mais famosa do mundo em temperaturas baixas, o efeito emagrecedor é ainda maior. O líquido recém-saído da geladeira possui efeito termogênico no organismo, ou seja, faz o corpo gastar mais energia para equilibrar as temperaturas do líquido e da parte interna.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Evolução do homem

No passado                                Hoje


Alimentação saudável              Alimentação desequilibrada

Mais frutas e legumes              Muito sal, açúcar e gorduras

Tempo livre                              Excesso de trabalho e preocupações

Andar a pé                               Sedentarismo





                            
Hoje, nossa nutrição é desequilibrada






Quais as dificuldades de se manter uma alimentação saudável?


• Difícil calcular calorias


• Confusão dos alimentos light e diet


• Difícil dimensionar o tamanho das porções


• Preocupação com redução de nutrientes essenciais


• Desejo de não eliminar alimentos saborosos


• Dificuldade em comprar variedade de alimentos


• Dificuldade em identificar os alimentos mais saudáveis


• Falta de tempo para preparar refeições


Shake Herbalife
Por que consumir?
Uma porção possui:


Apenas 210 calorias em média;

23 vitaminas e minerais;

18g de Proteína de Alto Valor Biológico (proteínas ideais para o bom funcionamento do organismo);


23% mais proteína que a média do mercado*


Cada porção contém mais de 1/3 das necessidades diárias de cálcio quando preparada com 250 ml de leite semidesnatado.


Como consumir o Shake para reduzir peso

Variações de sabor
Você pode adicionar frutas, sucos sem calorias, iogurte e outros alimentos saudáveis de baixa caloria para diversificar o sabor. Porém é importante observar a quantidade de calorias adicionada, para não comprometer o programa de perda de peso.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O brasileiro come veneno

O documentarista Silvio Tendler fala sobre seu filme/denúncia contra os rumos do modelo adotado na agricultura brasileira
Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Já o fez a partir de João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Mariguela, Milton Santos, Glauber Rocha e outros nomes importantes. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagem em particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos.

Em O VENENO ESTÁ NA MESA, lançado na segunda-feira (25) no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em um ranking para se envergonhar, o brasileiro é o que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. As consequências, como mostra o documentário, são desastrosas.

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Silvio Tendler diz que o problema está no modelo de desenvolvimento brasileiro. E seu filme, que também é um produto da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, capitaneada por uma dezena de movimentos sociais, nos leva a uma reflexão sobre os rumos desse modelo. Confira.

Brasil de Fato – Você que é um especialista em registrar a história do Brasil, por que resolveu documentar o impacto dos agrotóxicos sobre a agricultura e não um outro tema nacional?
 Silvio Tendler – Porque a partir de agora estou querendo discutir o futuro e não mais o passado. Eu tenho todo o respeito pelo passado, adoro os filmes que fiz, adoro minha obra. Aliás, meus filmes não são voltados para o passado, são voltados para uma reflexão que ajuda a construir o presente e, de uma certa forma, o futuro. Mas estou muito preocupado. Na verdade esse filme nasceu de uma conversa minha com [o jornalista e escritor] Eduardo Galeano em Montevidéu [no Uruguai] há uns dois anos atrás, em que discutíamos o mundo, o futuro, a vida. E o Galeano estava muito preocupado porque o Brasil é o país que mais consumia agrotóxico no mundo. O mundo está sendo completamente intoxicado por uma indústria absolutamente desnecessária e gananciosa, cujo único objetivo realmente é ganhar dinheiro. Quer dizer, não tem nenhum sentido para a humanidade que justifique isso que está se fazendo com os seres humanos e a própria terra. A partir daí resolvi trabalhar essa questão. Conversei com o João Pedro Stédile [coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], e ele disse que estavam preocupados com isso também. Por coincidência, surgiu a Campanha permanente contra os Agrotóxicos, movida por muitas entidades, todas absolutamente muito respeitadas e respeitáveis. Fizemos a parceria e o filme ficou pronto. É um filme que vai ter desdobramentos, porque eu agora quero trabalhar essas questões.


Então seus próximos documentários deverão tratar desse tema?
 Para você ter uma ideia, no contrato inicial desse documentário consta que ele seria feito em 26 minutos, mas é muita coisa pra falar. Então ficou em 50 [minutos]. E as pessoas quando viram o filme, ao invés de me dizerem ‘está muito longo’, disseram ‘está curto, você tem que falar mais’. Quer dizer, tem que discutir outras questões, e aí eu me entusiasmei com essa ideia e estou querendo discutir temas conexos à destruição do planeta por conta do modelo de desenvolvimento perverso que está sendo adotado. Uma questão para ser discutida de forma urgente, que é conexa a esse filme, é o agronegócio. É o modelo de desenvolvimento brasileiro. Quer dizer, porque colocar os trabalhadores para fora da terra deles para que vivam de forma absolutamente marginal, provocando o inchaço das cidades e a perda de qualidade de vida para todo mundo, já que no espaço onde moravam cinco, vão morar 15? Por que se plantou no Brasil esse modelo que expulsa as pessoas da terra para concentrar a propriedade rural em poucas mãos, esse modelo de desenvolvimento, todo ele mecanizado, industrializado, desempregando mão de obra para que algumas pessoas tenham um lucro absurdo? E tudo está vinculado à exploração predatória da terra. Por que nós temos que desenvolver o mundo, a terra, o Brasil em função do lucro e não dos direitos do homem e da natureza? Essas são as questões que quero discutir.


Você também mostrou que até mesmo os trabalhadores que não foram expulsos do campo estão morrendo por aplicar em agrotóxicos nas plantações. O impacto na saúde desses agricultores é muito grande...

É mais grave que isso. Na verdade, o cara é obrigado a usar o agrotóxico. Se ele não usar o agrotóxico, ele não recebe o crédito do banco. O banco não financia a agricultura sem agrotóxico. Inclusive tem um camponês que fala isso no filme, o Adonai. Ele conta que no dia em que o inspetor do banco vai à plantação verificar se ele comprou os produtos, se você não tiver as notas da semente transgênica, do herbicida, etc., você é obrigado a devolver o dinheiro. Então não é verdade que se dá ao camponês agricultor o direito de dizer ‘não quero plantar transgênico’, ‘não quero trabalhar com herbicidas’, ‘quero trabalhar com agricultura orgânica, natural’. Porque para o banco, a garantia de que a safra vai vingar não é o trabalho do camponês e a sua relação com a terra, são os produtos químicos que são usados para afastar as pestes, afastar pragas. Esse modelo está completamente errado. O camponês não tem nenhum tipo de crédito alternativo, que dê a ele o direito de fazer um outro tipo de agricultura. E aí você deixa as pessoas morrendo como empregadas do agronegócio, como tem o Vanderlei, que é mostrado no filme. Depois de três anos fazendo a tal da mistura dos agrotóxicos, morreu de uma hepatopatia grave. Tem outra senhora de 32 anos que está ficando totalmente paralítica por conta do trabalho dela com agrotóxico na lavoura do fumo.

A impressão que dá é que os brasileiros estão se envenenando sem saber. Você acha que o filme pode contribuir para colocar o assunto em discussão?

Eu acho que a discussão é exatamente essa, a discussão é política. Eu, de uma certa maneira, despolitizei propositadamente o documentário. Eu não queria fazer um discurso em defesa da reforma agrária ou contra o agronegócio para não politizar a questão, para não parecer que, na verdade, a gente não quer comer bem, a gente quer dividir a terra. E são duas coisas que, apesar de conexas, eu não quis abordar. Eu não quis, digamos assustar a classe média. Eu só estou mostrando os malefícios que o agrotóxico provoca na vida da gente para que a classe média se convença que tem que lutar contra os agrotóxicos, que é uma luta que não é individual, é uma luta coletiva e política. Tem muita gente que parte do princípio ‘ah, então já sei, perto da minha casa tem uma feirinha orgânica e eu vou me virar e comer lá’, porque são pessoas que têm maior poder aquisitivo e poderiam comprar. Mas a questão não é essa. A questão é política porque o agrotóxico está infiltrado no nosso cotidiano, entendeu? Queira você ou não, o agrotóxico chega à sua mesa através do pão, da pizza, do macarrão. O trigo é um trigo transgênico e chega a ser tratado com até oito cargas de pulverizador por ano. Você vai na pizzaria comer uma pizza deliciosa e aquilo ali tem transgênico. O que você está comendo na sua mesa é veneno. Isso independe de você. Hoje nada escapa. Então, ou você vai ser um monge recluso, plantando sua hortinha e sua terrinha, ou se você é uma pessoa que vai ficar exposta a isso e será obrigada a consumir.

Como você avalia o governo Dilma a partir dessa política de isenção fiscal para o uso de agrotóxico no campo brasileiro?
Deixa eu te falar, o governo Dilma está começando agora, não tem nenhum ano, então não dá para responsabilizá-la por essa política. Na verdade esse filme vai servir de alerta para ela também. Muitas das coisas que são ditas no filme, eles [o governo] não têm consciência. Esse filme não é para se vingar de ninguém. É para alertar. Quer dizer, na verdade você mora em Brasília, você está longe do mundo, e alguém diz para você ‘ah, isso é frescura da esquerda, esse problema não existe’, e os relatórios que colocam na sua mesa omitem as pessoas que estão morrendo por lidar diretamente com agrotóxico. [As mortes] vão todas para as vírgulas das estatísticas, entendeu? Acho que está na hora de mostrar que muitas vidas não seriam sacrificadas se a gente partisse para um modelo de agricultura mais humano, mais baseado nos insumos naturais, no manejo da terra, ao invés de intoxicar com veneno os rios, os lagos, os açudes, as pessoas, as crianças que vivem em volta, entendeu? Eu acho que seria ótimo se esse filme chegasse nas mãos da presidenta e ela pudesse tomar consciência desse modelo que nós estamos vivendo e, a partir daí, começasse a mudar as políticas.


No documentário você optou por não falar com as empresas produtoras de agrotóxicos. Essa ideia ficou para um outro documentário?

É porque eu não quis fazer um filme que abrisse uma discussão técnica. Se as empresas reclamarem muito e pedirem para falar, eu ouço. Eu já recebi alguns pedidos e deixei as portas abertas. No Ceará eu filmei um cara que trabalha com gado leiteiro que estava morrendo contaminado por causa de uma empresa vizinha. Eu filmei, a empresa vizinha reclamou e eu deixei a porta aberta, dizendo ‘tudo bem, então vamos trabalhar em breve isso num outro filme’. Se as empresas que manipulam e produzem agrotóxico me chamarem para conversar, eu vou. E vou me basear cientificamente na questão porque eles também são craques em enrolar. Querem comprovar que você está comendo veneno e tudo bem (risos). E eu preciso de subsídios para dizer que não, que aquele veneno não é necessário para a minha vida. Nesse primeiro momento, eu quis botar a discussão na mesa. Algumas pessoas já começaram a me assustar, ‘você vai tomar processo’, mas eu estou na vida para viver. Se o cara quiser me processar por um documentário no qual eu falei a verdade, ele processa pois tem o direito. Agora, eu tenho direito como cineasta, de dizer o que eu penso.

Esse filme será lançado somente no Rio ou em outras capitais também?
Eu estou convidado também para ir para Pernambuco em setembro, mas o filme pode acontecer independente de mim. Esse filme está saindo com o selinho de ‘copie e distribua’. Ele não será vendido. A gente vai fazer algumas cópias e distribuir dentro do sentido de multiplicação, no qual as pessoas recebem as cópias, fazem novas e as distribuem. O ideal é que cada entidade, e são mais de 20 bancando a Campanha, consiga distribuir pelo menos mil unidades. De cara você tem 20 mil cópias para serem distribuídas. E depois nós temos os estudantes, os movimentos sociais e sindicais, os professores. Vai ser uma discussão no Brasil. Temos que levar esse documentário para Brasília, para o Congresso, para a presidenta da República, para o ministro da Agricultura, para o Ibama. Todo mundo tem que ver esse filme.

 

E expectativa é boa então?
Sim. Eu sou um otimista. Sempre fui.


Foto: Gabriela Nehring

O FILME "O VENENO ESTÁ NA MESA."



 Assista : "O veneno esta na mesa" do cineasta Silvio Tendler.

Documentário denuncia a problemática causada pelos agrotóxicos, e faz parte de um

conjunto de materiais elaborados pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

                                                PARTE 1




                                              PARTE 2

PARTE 3

                                               PARTE 4




 Divulguem!

A reprodução e multiplicação é livre. Copiem, multipliquem, distribuam nas escolas, sindicatos, igrejas, etc.



Fonte: 01/08/2011- Jornal BRASIL DE FATO (Aline Scarso)